terça-feira, 7 de julho de 2009

SENADOR JOSÉ AGRIPINO MAIA E A COPA DO MUNDO

O SR. JOSÉ AGRIPINO (DEM ¿ RN. Como Líder. Sem revisão do orador.) ¿ Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, Sr. Presidente Geraldo Mesquita Júnior, eu, hoje, sou um homem muito feliz. Eu conversava com V. Exª, agora há pouco, perguntando se havia estado em seu Estado, no Acre, neste fim de semana, V. Exª disse que neste fim de semana havia tido compromissos que não lhe permitiram ir lá como sempre vai e eu comentava com V. Exª sobre a alegria que tive em Natal, ontem, ao ver de Nassau, nas Bahamas, o anúncio, ao vivo, das 12 sedes da Copa do Mundo de 2014, e a minha capital, Natal, incluída entre as 12 sedes.
Eu digo da minha alegria singular pelo fato de Natal ser uma capital menor do que Fortaleza, do que Recife e do que Salvador, que foram as cidades do Nordeste incluídas, dentre as escolhidas, para sediar os jogos da Copa de 2014. E Natal conseguiu.
Eu sei por que conseguiu. Não foi por minha causa. É evidente que mantive, assim como o Senador Garibaldi Alves Filho e a Senadora Rosalba Ciarlini, contatos. Estive com Ricardo Teixeira, meu dileto amigo de muitos anos por várias vezes. Obtive as informações de que Natal estava com excelentes possibilidades. Transmiti ao meu Estado aquilo que podia fazer; o que não podia, não transmitia.
Tinha a certeza de Natal seria escolhida, não por pressão que nenhum integrante da classe política do Estado ou do Brasil possa ter feito para que Manaus fosse a escolhida, ou para que Belo Horizonte, Rio de Janeiro ou São Paulo ou Salvador ou Natal fossem escolhidas. As cidades foram escolhidas por critério evidentemente técnico.
Natal conseguiu conquistar o espaço que foi anunciado ontem em 1982, quando o turismo foi solidamente fundado na nossa capital, com a construção da Via Costeira, com a implantação dos primeiros hotéis, do distrito industrial do turismo na minha capital ¿ e tive a honra de viabilizar a construção dos primeiros seis hotéis de uma vez só na via costeira ¿, depois a urbanização de Ponta Negra, o Prodetur, a sucessão de governos, como o de Garibaldi Alves Filho, que foi Governador e que também deu sequência às obras que deixei fundadas no Prodetur, com o financiamento do Banco Interamericano de Desenvolvimento, a começar pelo Aeroporto de Natal, os vôos internacionais, a propaganda da Natal lá fora.
Hoje, é comum você ver em Lisboa, em Milão, em Barcelona, em Madri, em Estocolmo, nas vitrines das companhias de turismo, os cartazes com propaganda de Natal, da praia de Genipabu, da praia da Pipa. Tudo isso fez com que Natal ficasse conhecida lá fora. Natal é próxima à Europa, próxima à África, próxima aos países da América do Sul, à clientela da Copa. Natal é uma cidade bonita, tem muita coisa bonita para mostrar e já se mostra. As pessoas já conhecem e, porque já conhecem, com Copa ou sem Copa, vêm a Natal. Com Copa, aí é que virão mesmo. Não vão a outra que não seja suficientemente conhecida, mas a Natal vêm. Então, Natal conquistou espaço lá atrás, quando apostou fichas no turismo, quando se mostrou ao mundo por uma coisa que Deus nos deu: a situação geográfica próxima aos mercados emissores.
A classe política do meu Estado, unida, recebeu os representantes da Fifa há cerca de um mês em Natal. Isso causou muito boa impressão. Os três Senadores, os oito Deputados Federais, o Presidente da Assembleia, o Deputado Robson, quase toda a Assembleia Legislativa, os Vereadores de Natal, a Prefeita Micarla, a Governadora Wilma, que têm diferenças político-partidárias, mas que, na hora de receber os dirigentes da Fifa e da CBF, juntaram-se todos em ônibus para ouvir a exposição sobre os planos que Natal tinha para construções que seriam a hospedagem dos jogos da Copa.
Ricardo Teixeira me disse que pesou bastante a união da classe política do Estado, que impressionou muito bem os dirigentes da Fifa. Evidente que é importante, Presidente Geraldo Mesquita, pelo que eu vou dizer: o jogo está 1 a 0. O primeiro round Natal ganhou. Agora, entre ganhar o primeiro round e ganhar a luta tem uma distância grande.
Está prevista a construção de um ginásio, de um estádio de futebol lindo, o estádio das Dunas, mas que vai custar muito dinheiro. Presume-se que a iniciativa privada participará fortemente do investimento. Eu espero que sim e é preciso que sim.
Porém, uma coisa é certa. Senador Garibaldi, V. Exª se lembra dos Jogos Pan-Americanos. César Maia era Prefeito do Rio de Janeiro. Foram um sucesso. E se lembra da sofreguidão das últimas providências para que o ginásio de esporte, as piscinas olímpicas, as quadras, as pistas de atletismo, todas estivessem no padrão internacional prontas para que as disputas acontecessem num palco digno de Primeiro Mundo. V. Exª sabe tanto quanto eu quanto o Governo Federal investiu na administração do Prefeito César Maia, para que os Jogos Pan-Americanos acontecessem . V. Exª sabe que nós do Rio Grande do Norte temos sido muito pouco aquinhoados com recursos federais: o nosso aeroporto de São Gonçalo vai muito devagar, a duplicação da nossa BR-101 vai muito devagar. Os pleitos do Rio Grande do Norte andam a passo de cágado, mesmo aqueles que estão incluídos no PAC.
Pois agora a classe política que, unida, facilitou a definição da Fifa por Natal precisa se juntar. A Governadora do Estado e a Prefeita Micarla apresentaram um plano que eu não sei se vai se viabilizar, eu não sei se é a melhor solução: implodir o Castelão, implodir o Centro Administrativo e, na área, construir uma coisa nova bonita como o projeto que foi apresentado. Não digo que seja solução ou que não seja. Eu não estou seguro.
Agora, coisa daquela natureza, daquele porte que foi apresentado e tomado o compromisso das forças locais, do Governo local com a Fifa, para que a Fifa decidisse por Natal... Não por aquilo, a Fifa decidiu-se pelo perfil da cidade, pela qualidade do povo da cidade, pela rede hoteleira da cidade, pela distância da cidade, pelo conhecimento que o Europeu tem de Natal, que não tem de outras congêneres a Natal. Mas aquilo que Natal tomou compromisso de fazer vai ter que ser feito. Ou o projeto que foi apresentado no local do projeto, ou noutro local, vai ter que ser feito.
E aí a classe política vai ter que se unir para fazer com que aquilo que aconteceu no Rio de Janeiro, os investimentos do PAC maciços para a cidade-sede dos Jogos Pan-Americanos, direcione-se para as cidades que precisem mais, aquelas que têm menos recursos, mas que têm direito a um lugar ao sol. Se o Rio teve, por que Natal não vai ter? Se o Rio teve as benesses do orçamento federal, por que Natal não vai ter? Vai ter e precisa ter. E nós, Senadores, nós, Deputados Federais, junto com a Prefeita, com a Governadora, vamos, até vencer o mandato da Governadora, que é no próximo ano, e o da Prefeita, que é em 2012, tudo antes de 2014, que é a época da Copa, pressionar para que os recursos sejam garantidos. E por uma razão, Senador Geraldo Mesquita: vi o Presidente da CBF dizer que, se até janeiro do próximo ano, as cidades que foram anunciadas como subsedes da Copa não estiverem com as obras anunciadas comprometidas dentro de um cronograma factível, exequível e acreditado, elas podem perder a titularidade, podem ceder lugar a outras cidades. Isso seria a desmoralização.
Então, a classe política do meu Estado tem a obrigação de exigir do Governo Federal aquilo que o Governo Federal tem a obrigação de fazer por Natal, pelo Rio Grande do Norte. Não pode ser no ritmo do aeroporto de São Gonçalo, não pode ser no ritmo da duplicação da BR-101.
É claro que, neste momento, é muito importante a Copa. Não é mais importante do que cuidar da educação, da saúde, que vão mal no meu Estado. Não é mais importante. Mas, de qualquer maneira, não é pelo fato de termos problemas na geração de emprego, no desenvolvimento do Estado, na educação e na saúde, que vão mal, que a gente vai negligenciar uma coisa conquistada pelo perfil da cidade e que pode nos ajudar ¿ e muito. Pode ajudar na geração de empregos pelas obras até 2014 e ajudar ¿ e muito ¿ pela multiplicação da visibilidade de Natal de 2014 para frente, em cima de uma vocação natural na economia do meu Estado, que é o turismo.
É, portanto, um ponto de catapultação de oportunidade de geração de emprego no meu Estado. Só que, para que isso aconteça, é preciso, é imperioso ¿ não se pode abrir mão ¿ que o que foi feito pelo Rio de Janeiro seja feito por Natal, por Cuiabá. São Paulo tem pernas próprias, não precisa tanto de ajuda, como o Rio de Janeiro. Agora, Natal, essa precisa; precisa e vai ter que buscar.
Ouço, com muito prazer, o aparte do Senador, meu conterrâneo, Garibaldi Alves.
O Sr. Garibaldi Alves Filho (PMDB ¿ RN) ¿ Senador José Agripino, eu estou entendendo perfeitamente a sua preocupação. Quer dizer, ao lado da euforia, como norte-rio-grandense, Presidente Geraldo Mesquita, pela conquista, V. Exª agora está preocupado porque há outras etapas que precisam ser viabilizadas. Eu estou entendendo que V. Exª sabe muito bem que os investimentos precisam ser maciços. Grandes investimentos terão que ser realizados para deixar efetivamente Natal em condições de receber a Copa do Mundo.
V. Exª está propondo um verdadeiro desafio ao Governo Federal, para que possa fazer investimentos de grande monta, como fez o Rio de Janeiro ¿ está dando o exemplo do Rio de Janeiro ¿, de modo que possa haver uma associação de investimentos públicos e privados, no sentido de fazer da nossa cidade uma subsede da Copa do Mundo, como acabou de ser anunciado pela Federação Internacional de Futebol (Fifa). V. Exª tem razão. Temos de nos unir, temos de dar mostras da nossa capacidade. Já que fomos capazes, numa disputa com outras cidades até maiores do que Natal, de trazer a Copa, temos, agora, de dar mostra da capacidade para consolidar aquilo que vai acontecer em 2014. Até lá, temos de fazer muita coisa. Então, é hora justamente de as forças vivas do Estado, os políticos, os empresários, continuarem unidos, no sentido de reivindicar do Governo Federal aquilo que precisa ser feito por ele, esperando que os investimentos privados que estão sendo anunciados possam ocorrer. É um acontecimento de grande dimensão para uma cidade que já é turística, que é um destino procurado não apenas pelos que vivem dentro das nossas fronteiras, mas também pelos que vivem fora do Brasil. Natal já é um destino turístico, e esse evento vai ser de grande importância. Então, quero me associar a V. Exª, dizendo da nossa imensa satisfação. E quero associar-me também com essa preocupação que V. Exª está manifestando, que sei que é de todos os potiguares. Sei também que iremos topar esse desafio, enfrentá-lo, e que seremos capazes de vencê-lo.
O SR. JOSÉ AGRIPINO (DEM ¿ RN) ¿ Senador Garibaldi, V. Exª foi preciso na sua observação. Foi um gesto de ousadia de Natal pleitear a Copa, vamos e venhamos. Foi merecedora de aplauso a iniciativa dos nossos representantes de se colocarem na disputa, junto com os de cidades do nosso porte e com os de cidades de porte maior. Foi um gesto de ousadia apresentar o projeto. Assistimos à exposição do projeto em Natal, com investidores ingleses que lá estiveram. Não é que eu esteja desafiando, é que estou preocupado com a viabilização desse projeto, porque o gol não termina com o anúncio, o gol se fará com o cumprimento dos compromissos que foram exibidos à Fifa e à Confederação Brasileira de Futebol (CBF). Aí, sim, é o gol de placa.
Veja bem que a Governadora Wilma estará no Governo até o final de 2010, se não for candidata a alguma coisa. Em 2014, não será mais Governadora. A Prefeita Micarla estará na Prefeitura até o final de 2012, se não for candidata à reeleição ¿ e suponho que vá ser. Mas o que acontece é que compromissos exibidos têm de ser firmados, têm de ser, de certa forma, convalidados ou comprovados. Deve ser entregue à avaliação da Fifa o compromisso pragmático, preto no branco, de empresas, de recursos, de cronograma até o final deste ano, até janeiro do próximo ano, quando será ainda Governadora a atual Governadora do Estado e Prefeita a atual a Prefeita da capital, e seremos os mesmos Senadores e os mesmos Deputados.
Então, temos de, ao longo deste ano, correr para vestir de recursos aquilo que foi comprometido. Do que foi comprometido, resultou uma coisa a ser resgatada. Não se mostrou um projeto bonito para funcionar como isca para atrair o anúncio. Na minha opinião, apresentou-se aquele projeto bonito como compromisso da cidade, para, sendo ela escolhida para ser sede da Copa, aquilo ser feito. Mas entre apresentar o projeto e ele ser feito, existem números, existem recursos, existe mobilização de empresas, existe associação de esforços da iniciativa privada com o Governo Federal, com o Governo do Estado e com a Prefeitura de Natal.
Se avalizamos a exposição do projeto, temos de cobrar, agora, daqueles que se comprometeram ¿ o Governo do Estado, a Prefeitura de Natal, o Governo Federal e os da iniciativa privada ¿ que mostrem as armas, que exibam os instrumentos que produziram aquelas maquetes, aquelas folhas de papel, as plantas, porque em jogo está a credibilidade da capital, porque em jogo está um fato importante para o futuro do turismo da nossa capital.
O gol não foi marcado com o anúncio. O gol definitivo será o cronograma, a alocação dos recursos, a definição das verbas, as participações: quem entra com quê, com o dinheiro vindo de onde? Com quanto entra a iniciativa privada para fazer isso? Com quanto deve entrar o Governo Federal? Como fez para o Rio de Janeiro, deve fazer para Natal. Com quanto entra o Governo do Estado? De onde vem dinheiro? E a Prefeitura de Natal entra com quê? De onde vem o dinheiro?
Cabe a nós, agora, vestir isso tudo, para que o gol de placa seja apresentado. Do contrário, ¿de um giro se pode fazer um jirau¿, e, antes que se comece a falar nisso, nós antecipamos, para viabilizar nosso sonho.
Ouço, com muito prazer, o Senador Cristovam Buarque.
O Sr. Cristovam Buarque (PDT ¿ DF) ¿ Senador, em primeiro lugar, meus parabéns!
O SR. JOSÉ AGRIPINO (DEM ¿ RN) ¿ Aliás, V. Exª é meu companheiro de alegria, porque Brasília foi brindada também, é uma das sedes da Copa. Quem sabe vai ser a sede da abertura?
O Sr. Cristovam Buarque (PDT ¿ DF) ¿ É verdade. Quero, em primeiro lugar, parabenizar Natal, cidade que, a meu ver, merece plenamente essa escolha. Tenho a impressão de que, entre as cidades do Brasil, a de Natal, talvez, seja a que mais vai surpreender positivamente aos que vierem aqui para assistir à Copa. Parabenizo-o por ter tido um papel muito importante, assim como o Senador Garibaldi, quando Governadores, tomando as medidas, lá atrás, para que isso fosse possível. Também espero que, daqui para frente, faça-se o dever de casa, para que se consiga viabilizar isso. Brasília está também em festa, porque conseguiu ser uma das sedes. O Governador José Roberto Arruda foi o grande líder desse processo, mas, aqui, todos os políticos se uniram em torno da ideia de trazer a Copa para cá. Estamos unidos agora na tentativa de trazer a abertura da Copa para a Capital da República, como acontece em todos os países do mundo. É sempre na Capital que começa a Copa do Mundo. Quero aproveitar a oportunidade, sem perder minha mania, para dizer que, nessa infraestrutura que será feita daqui para frente, tem de se cuidar um pouco da educação. É fundamental que os motoristas de táxi aprendam a falar idiomas estrangeiros, que os garçons aprendam História, Geografia, para que possam dialogar com todos aqueles que virão de outros países para assistirem a suas equipes e a outras equipes jogarem. Não podemos esquecer que infraestrutura não é apenas material, como o Plano de Aceleração do Crescimento (PAC) parece cuidar. Temos de imaginar que há necessidade de uma infraestrutura intelectual, sem a qual a outra fica capenga. Ao mesmo tempo, é preciso haver infraestrutura da saúde. Imaginem se, faltando alguns meses para a Copa, houver um surto de dengue ou de outras doenças piores nessas cidades! Precisamos imaginar a Copa como um momento em que o Brasil vai construir todos os estádios necessários, as estradas necessárias, mas vai também mudar a realidade social, para que os que aqui vierem possam encontrar uma população culta e saudável, para que a gente não contamine ninguém com as doenças que o Brasil ainda tem como características nossas e também para que ninguém fique aqui incapaz de se comunicar na rua por que as pessoas não falam idiomas estrangeiros e incapaz de ser reconhecido quando disser sua nacionalidade. Nada é mais triste para nós, brasileiros, quando dizemos que somos brasileiros e dizem que nossa capital é Buenos Aires. É preciso que nossos garçons, nossos motoristas de táxi, o povo na rua, todos aprendam as capitais dos diversos países que virão aqui jogar, aprendam Geografia, História e idiomas. Desejo isso para Natal, para Brasília e para todas as outras cidades que, em 2014, vão fazer do nosso País a sede do futebol mundial.
O SR. JOSÉ AGRIPINO (DEM ¿ RN) ¿ Senador Cristovam, V. Exª está sempre com uma preocupação permanente com o desenvolvimento sustentado. Educação, na minha opinião, é desenvolvimento sustentado. V. Exª mencionou a participação do Senador Garibaldi e a minha participação nos fundamentos para a escolha de Natal como sede da Copa. Queria fazer um registro. Fui adversário do Senador Garibaldi por anos e anos, já estivemos juntos em campanhas, ele me sucedeu como Governador, mas aquilo que fiz no turismo, ele prosseguiu. Não houve a interrupção da ação. O Prodetur, que deixei assinado, contratado, ele viabilizou, implementou e até multiplicou, sem se preocupar com a paternidade, com quem o tinha ou não viabilizado. Ele se apropriou do projeto e fez bem. Então, quem ganhou com isso foi o Estado.
Natal ganhou a paternidade, ganhou a titularidade, a chance de ser subsede da Copa. V. Exª disse com precisão cirúrgica: se queremos... Um dos trunfos da nossa economia é o turismo. Como o turismo cresce? Com propaganda? Sim, mas o turismo que cresce de forma mais sustentada de todas, pela mais acreditada das propagandas, é o turismo propagado boca a boca, é o turismo que é incentivado por aquele que vem aqui e que volta para seu país de origem falando bem da terra que visitou. E ele fala bem como? Fala bem se for bem tratado no táxi, se o taxista que o conduziu, no mínimo, falar fundamentos de inglês. É possível isso? É claro que é possível! Deve haver cursos de iniciação em línguas para motoristas de táxi e garçons. Qual o problema que pode haver em dar curso para mil ou duas mil pessoas, para aprenderem fundamentos de inglês, de francês ou de italiano, para terem uma educação de melhor qualidade, para se prepararem, com boas maneiras, para atender o turista e fazer com que o turista que veio aqui volte ou com que o turista que veio aqui faça boa propaganda para os amigos quando ele voltar para sua terra?
V. Exª diz da preparação dos profissionais que vão receber as pessoas, que vão conviver com as pessoas. V. Exª fala da saúde. Já imaginou um surto de dengue à véspera de 2014? Já imaginou uma onda de violência à véspera de 2014? Qual seria o desastre?
Então, é necessário que haja a preparação de quem tem no turismo um fundamento de sua economia. É fundamental a preocupação com a preparação dos profissionais que vão tratar da educação, da saúde e da segurança. É preciso adequar os profissionais que vão ter contato direto com o visitante no que diz respeito à comunicação. Isso é permanente. Não se ensina a um motorista de táxi fundamentos de inglês para ele aprender e esquecer. Ele vai aprender isso e vai continuar usando pelo resto da vida. Ele vai terminar colocando uma plaquetinha no parabrisa do seu carro: ¿Fala-se inglês¿.
O SR. PRESIDENTE (Geraldo Mesquita Junior. PMDB ¿ AC) ¿ Senador José Agripino, peço que V. Exª conclua. V. Exª está falando como Líder.
O SR. JOSÉ AGRIPINO (DEM ¿ RN) ¿ Já vou encerrar, Sr. Presidente.
Ele coloca a plaquetinha no parabrisa do carro com os dizeres ¿fala-se inglês¿ e vai conseguir um cliente ou dois a mais. Por quê? Por qualificação, como V. Exª lembrou muito bem. Vou fazer essa recomendação desde já, pode estar certo.
A Prefeita Micarla é uma mulher esperta, do Partido Verde, que tem imenso amor pela cidade de Natal e que é uma carinhosa e cuidadosa tomadora de conta do futuro da cidade. O que V. Exª aconselha é exatamente tomar conta, de forma sustentada, do futuro da cidade, pela vertente do turismo.
Era isso o que eu tinha a dizer, Sr. Presidente, com agradecimentos pelo tempo que me foi dedicado e com escusas pelo que excedi, mas o tema é importante e me enche de alegria.
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