terça-feira, 4 de agosto de 2009

A COPA DO MUNDO E AS FLORES DO NOSSO JARDIM


Na primeira noite eles se aproximam
e roubam uma flor
do nosso jardim.
E não dizemos nada.
Na segunda noite, já não se escondem;
pisam as flores,
matam nosso cão,
e não dizemos nada.
Até que um dia,
o mais frágil deles
entra sozinho em nossa casa,
rouba-nos a luz, e,
conhecendo nosso medo,
arranca-nos a voz da garganta.
E já não podemos dizer nada.


O poeta Eduardo Alves da Costa garante que Maiakóvski nada tem a ver com o tema, assim noticia a Folha de São Paulo, edição de 20.9.2003. Veja detalhes em “poesia”

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